sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Como é o trabalho de entregador na Irlanda?

Faça chuva ou faça sol, frio ou calor, lá estão eles trabalhando. A vida de um entregador na Irlanda não costuma ser muito fácil. Para quem não sabe, a maioria deles é de brasileiros, que optam por trabalhar de delivery na Irlanda como uma forma de complementar a renda no país.

Com uma bicicleta ou moto e uma conta em uma empresa de entregas é possível trabalhar buscando comida nos restaurantes e entregando na casa dos clientes. Geralmente, quem faz esse serviço trabalha sozinho e precisa estar regularizado na Ilha para não ter maiores problemas.

O E-Dublin conversou com quem trabalha na área para entender melhor como funciona esse tipo de emprego e mostra neste artigo tudo sobre como ser entregador na Irlanda. Confira!

Leia também: Trabalhar na Irlanda: regras, vistos e profissões para brasileiros

Quais empresas de delivery estão disponíveis para ser entregador na Irlanda?

O trabalho de entregador na Irlanda pode ser bem puxado e exige esforço físico e cuidados extras. Foto: Kai Pilger/Unsplash

Uma das profissões mais populares entre intercambistas é ser entregador na Irlanda. Para quem usa bicicleta, as principais empresas de delivery são Deliveroo, UberEats e JustEat.

Trabalhar com delivery requer força de vontade e disposição. Apesar de ser um trabalho considerado “simples”, falta segurança, é cansativo e desafiador principalmente pela quantidade de horas que o entregador precisa fazer para obter uma boa remuneração. Por outro lado, ele tem liberdade de fazer seus próprios horários e estabelecer suas metas diárias de trabalho.

Quem conta essa rotina é um perfil no Instagram chamado Pedalando na Irlanda, uma ótima fonte de pesquisa para quem deseja começar na profissão, traz dicas de segurança, acessórios, entre outras informações.

Agora, de um modo geral, vamos falar um pouco sobre as principais empresas de delivery na Irlanda:

Deliveroo

Deliveroo é a principal empresa de entrega de alimentos on-line na Irlanda. Além da Ilha, ela opera em mais duzentas localidades como Reino Unido, Holanda, França, Bélgica, entre outros. Em dezembro de 2017, um estudo da consultoria macroeconômica Capital Economics revelou que a Deliveroo ajudou a criar 7.200 empregos em todo o setor de restaurantes desde que foi lançada em 2013.

Uber Eats

Uber Eats é uma plataforma de entrega de refeições e alimentos on-line, que fazia originalmente parte do serviço de motorista do Uber, mas que depois se tornou um aplicativo. O serviço faz parceria com restaurantes locais, em cidades selecionadas em todo o mundo. É muito utilizado pelos brasileiros que desejam trabalhar com delivery.

Just Eat

Just Eat é um serviço de entrega e pedido de comida on-line britânico (anteriormente dinamarquês), que atua como um intermediário entre os clientes e pontos de venda independentes de alimentos para viagem. Segundo seu site, a empresa opera em 13 países da Europa, Ásia, Oceania e Américas.

Número de entregadores na Irlanda cresceu com a pandemia

Covid-19: aumento no número de entregas na Irlanda

Com a pandemia da Covid-19, o número de entregas na Irlanda cresceu consideravelmente. A empresa de entrega de mantimentos on-line de Dublin, a Buymie, que trabalha com as principais redes de supermercado do país — o Lidl e o Tesco —, logo nas primeiras semanas de isolamento, aumentou em 300% suas entregas diárias, segundo o executivo-chefe e cofundador da startup, Devan Hughes.

A demanda pelos serviços da empresa cresceu à medida que as restrições de saúde pública sobre o movimento levaram os clientes a recorrer a serviços de entrega on-line para se proteger da Covid-19.

A Deliveroo assinou com mais de 600 novos restaurantes desde janeiro deste ano e, por causa da pandemia, mais lojas forneceram serviços de entrega. Em números, a empresa informou que 64% das novas inscrições foram em Dublin, 11% em Cork; enquanto Galway e Limerick viram um aumento de 6% e 4%, respectivamente.

Como se registrar como entregador na Irlanda?

Cada empresa tem suas próprias regras e políticas de trabalho para delivery na Irlanda. Abaixo, vamos mostrar o passo a passo para registro das que mencionamos nesta matéria. Vale ressaltar que todas as informações foram extraídas dos sites das empresas.

Deliveroo

  • Acesse o site do Deliveroo para o cadastro. Depois de escolher a cidade em que serão feitas as entregas, o candidato deve preencher o formulário, incluindo seu nome, detalhes de contato, tipo de veículo (bicicleta, scooter ou carro), data de nascimento, código postal e seu direito de fornecer serviços.
  • A empresa exige passaporte europeu ou visto (Stamp 4), comprovante de residência, conta bancária irlandesa e o número do PPS – Public Service Number (similar ao CPF brasileiro).
  • Vantagens: acesso a equipamentos como porta-telefones, roupas de proteção, capacetes e luzes; liberdade para trabalhar conforme sua disponibilidade; planejamento com antecedência das entregas; e parceria com seguradora para apólices específicas para os entregadores.
  • Cidades: Dublin, Limerick, Cork e Galway.

Uber Eats

  • Acesse o site do Uber Eats para preencher o cadastro. Para fazer a inscrição, o entregador precisa ter, pelo menos, 18 anos, passaporte europeu ou visto (Stamp 4), ter carteira de motorista e o veículo para fazer as entregas.
  • Para motocicleta, scooter e carro precisa ter o seguro do veículo (incluindo a cobertura para entrega de alimentos).
  • Vantagens: flexibilidade de entregas, por hora, qualquer dia da semana; o entregador poderá receber pagamentos no mesmo dia com o Instant Pay.
  • Cidades: Dublin, Limerick, Cork e Galway.

Just Eat

  • Acesse o site do Just Eat para assinatura. O candidato precisa preencher seus dados no site e deve ter, pelo menos, 18 anos, carteira de motorista e bicicleta ou veículo registrado.
  • É preciso ter permissão para trabalhar legalmente na Irlanda, número do PPS e conta bancária irlandesa.
  • Vantagens: controle na programação das entregas; pagamento no final de cada semana.
  • Cidades: não informado no site.

Como é o trabalho de entregador na Irlanda?

Para ser entregador na Irlanda, é preciso disposição e força de vontade. Foto: Patrick Connor Klopf/Unsplash

Não basta ter uma conta no aplicativo. O entregador vai precisar investir em equipamentos básicos para começar as entregas, como a bicicleta, celular, capacete, entre outros acessórios. Falando nos materiais de trabalho, as próprias empresas vendem em seus sites uniformes, bolsa térmica personalizada, entre outros acessórios, para facilitar e identificar os “drivers”.

Segundo informações do Pedalando na Irlanda, é fundamental que os entregadores utilizem equipamentos de segurança, lanternas dianteiras e traseiras que são obrigatórias. Além de evitar multa, o entregador trabalhará com mais segurança. O perfil ainda recomenda andar com um kit de manutenção básica para, pelo menos, poder trocar os pneus em casos de urgência.

No aplicativo Deliveroo, por exemplo, os horários de trabalho começam às 8h da manhã e podem chegar até às 2h da madrugada.

As melhores épocas para trabalhar nos aplicativos são no inverno e nos dias de chuva e frio, que costumam ter muitos pedidos por hora e um pequeno aumento na remuneração, que pretende incentivar os entregadores a saírem pelas ruas. Mas não é fácil trabalhar com essas condições, viu?

É muito comum os entregadores ganharem “tips”, que podem variar muito de um dia para o outro. Os clientes sabem exatamente a sua localização, porém muitos não acompanham o trajeto da entrega, dificultando ainda mais o trabalho dos entregadores.

No perfil, você pode encontrar mais informações nos destaques sobre como funcionam os aplicativos, recomendações de bikes, entre outras dicas que facilitam o dia a dia dos entregadores na Irlanda.

Como os pedidos chegam para os drivers?

O entregador na Irlanda costuma usar bicicleta, mas é possível fazer deliveries com moto e carro. Foto: Lucian Alexe/Unsplash

A maioria dos entregadores na Irlanda começam a sua jornada de trabalho na hora do almoço. A dinâmica funciona da seguinte forma: o restaurante recebe o pedido, simultaneamente o driver recebe a ordem, vai até o restaurante buscar a mercadoria e faz a entrega. Tudo isso por meio do aplicativo que é integrado com o Google Maps.

A prioridade da entrega é para o driver com carro, depois moto, bicicleta elétrica e por último a bike normal. A preferência é sempre de quem consegue entregar mais rápido! Não é uma rotina, mas um entregador com moto, por exemplo, consegue fazer mais dinheiro, uma média de 100 euros por dia, dependendo da época do ano.

Não tenho passaporte europeu, como posso trabalhar com entregas?

As empresas de delivery na Irlanda exigem documentação que prova a disponibilidade do estrangeiro trabalhar no país. Foto: Ross Sneddon/Unsplash

Antes de falarmos sobre esse assunto, você precisa entender como funciona a dinâmica do cadastro. Geralmente, essas empresas fazem contratos de prestação de serviço (self-employed), no qual o autônomo fica responsável por conduzir o seu “próprio negócio”. Quem tem o visto Stamp 2, por exemplo, não pode ser autônomo na Irlanda.

Por esse motivo, hoje, o pré-requisito principal para cadastro nesses aplicativos é o passaporte europeu, Stamp 4, visto de trabalho ou outra permissão para ser autônomo, o que não acontece com estudantes de idiomas. Mas nem sempre foi assim, pois, antes, os estrangeiros conseguiam trabalhar com entregas.

Vamos dar o exemplo do Uber Eats. Quando a empresa começou a fazer os primeiros cadastros na Irlanda, qualquer pessoa conseguia se inscrever como entregador na plataforma (antes, o candidato só precisava de um documento com foto). Porém, o Uber Eats começou a cancelar os contratos ativos desses estrangeiros para se enquadrar às leis do país.

Posso alugar uma conta de uma terceira pessoa?

É muito comum entregadores brasileiros que não têm conta em uma empresa de delivery “alugarem” de alguém o cadastro. Os preços do aluguel giram em torno de 50 e 100 euros por semana. Mas isso não quer dizer que é legal.

A prática não é permitida pelas empresas nem pelo governo irlandês, conforme explicamos acima. Quem quebrar as regras pode ter a conta cancelada no aplicativo de entrega ou, ainda, ter outras penalidades por infringir leis trabalhistas na Irlanda.

Dificuldades em trabalhar como entregador na Irlanda

Existem diversos aplicativos para ser entregador na Irlanda, como Deliveroo, Uber Eats e Just Eat. Foto: Unsplash

É preciso entender a realidade como ela é. Existem milhares de depoimentos nas redes sociais de hostilidade contra os trabalhadores de delivery na Irlanda. Os brasileiros muitas vezes são vítimas de violência e ataques nas cidades e, a cada ano que passa, cresce o número de relatos envolvendo adolescentes que atacam os estrangeiros por preconceito.

As empresas dizem estar cientes dos acontecimentos, mas, na prática, fazem pouco caso para garantir a segurança de quem trabalha nas ruas. Mesmo com as constantes reivindicações, a Deliveroo, por exemplo, chegou reduzir o pagamento mínimo por entrega de €4,30 para €2,90.

A empresa frequentemente faz mudanças no sistema que tornam o trabalho mais difícil e pressionam os trabalhadores para fazer entregas cada vez mais rápidas. Em um fórum do Reddit, um usuário conta que foi punido por não ser rápido o suficiente, pois parava no sinal vermelho.

Além da violência e das agressões físicas e verbais, os entregadores precisam lidar com os perigos no trânsito, condições climáticas e cansaço físico, já que muitos deles precisam pedalar por horas sem ao menos ter uma bicicleta elétrica.

Caso Thiago Côrtes: brasileiro foi atropelado enquanto fazia uma entrega em Dublin

Entregador na Irlanda, Thiago Cortês morreu após ser atropelado enquanto trabalhava em Dublin. Foto: Acervo pessoal

Em agosto deste ano, um brasileiro morreu após um acidente no North Wall Quay, em Dublin. Thiago Cortes, de 28 anos, do Rio de Janeiro, foi atropelado enquanto pedalava, fazendo entregas para o aplicativo Deliveroo. O motorista fugiu, não prestou socorro e Thiago acabou morrendo no hospital.

Como contamos aqui no E-Dublin, a Garda encontrou o carro abandonado perto do local, mas o motorista não foi encontrado. Logo em seguida, a polícia interrogou um adolescente que é suspeito de ser o motorista do carro que atropelou e matou Thiago.

O adolescente, menor de idade, foi considerado suspeito do crime depois que seu nome foi revelado durante contatos entre a Garda e membros da comunidade local. Além dele, mais outros três jovens são suspeitos, todos pertencentes à mesma comunidade do subúrbio de Dublin. Até o fechamento desta matéria, ninguém foi preso.

A comunidade brasileira na Irlanda foi às ruas para protestar e prestar homenagens a Thiago. O movimento foi organizado por grupos de WhatsApp e Facebook, capitaneados por entregadores e pela Associação de Escolas de Inglês. Mais de mil pessoas marcharam pela cidade e cobraram justiça.

O corpo de Thiago Cortes foi cremado e as cinzas espalhadas em um parque que ele gostava na cidade irlandesa. Na internet, uma vaquinha on-line foi criada para ajudar a família do brasileiro.

Como é a experiência em ser entregador na Irlanda?

A vida de um entregador na Irlanda pode não ser muito difícil, com trabalho árduo e perigo pelas ruas. Foto: Unsplash

Para responder como é a experiência em ser entregador na Irlanda, o E-Dublin conversou com dois brasileiros que atuam nas ruas de Dublin. Eles mostram como é o dia a dia deles na Ilha.

O paranaense Benjamin Escudero, de 38 anos, começou a trabalhar como entregador,, pois foi a opção mais fácil que encontrou assim que chegou à Irlanda. Hoje, mesmo com seu emprego part-time, ainda continua trabalhando com delivery. Segundo ele, o lockdown ajudou bastante os entregadores na Irlanda.

“Todo dinheiro que fizer como delivery, você o recebe limpo sem precisar pagar impostos. Além disso, você trabalha no seu tempo livre e faz o seu próprio horário de trabalho. Na hora do almoço, por exemplo, eu costumo tirar cerca de 70 euros por dia. Mas depende muito das condições climáticas e época do ano. Já tem dias que não consigo tirar nem 5 euros, pois tenho poucas entregas”.

De acordo com Benjamin, durante o inverno, as entregas aumentam e o entregador consegue ganhar mais do que um salário mínimo. “Ganhamos por entrega e não por hora. Eu investi em equipamentos para o meu conforto, principalmente nos dias de frio e chuva. Trabalho no mínimo 10 horas e no máximo 12 horas por dia. Essa profissão dá muito dinheiro aqui na Ilha, mas você precisa ter disciplina para trabalhar. Investir em equipamentos para trabalhar aumenta seus lucros também, como comprar uma bicicleta elétrica, por exemplo”, ressaltou.

Leonardo Santos, de 38 anos, que também trabalha como delivery na Irlanda, disse que estar preparado para as condições climáticas é fundamental para a profissão.

“A gente precisa estar bem agasalhado, pois aqui venta muito e chove bastante. O delivery oferece uma blusa corta vento e você precisa comprar uma calça impermeável para não se molhar. Você realmente precisa fazer esse investimento, pois passa muitas horas na rua. Tudo isso para conseguir trabalhar e não ficar doente. São nessas condições que você costuma ganhar mais dinheiro, já que diminui a quantidade de drivers”, destacou o brasiliense.

A segurança é um ponto que deixa os entregadores em alerta. Mesmo assim, os drivers continuam suas entregas, tomando todos os cuidados necessários e atentos às áreas de entrega críticas.

“Alguns adolescentes jogam ovos e pedras e ameaçam os entregadores. É um medo constante, mas precisamos trabalhar. Tem alguns lugares que a gente evita no centro de Dublin, pois existe um alto índice de violência. Mesmo sendo considerada uma cidade segura, tem um alto índice de roubo de bicicletas. Como faço o meu horário, a outra parte do meu tempo dedico aos estudos. Estou estudando para tentar algo na área de tecnologia da informação. Graças ao meu trabalho, consigo pagar minhas contas e tenho tempo para me organizar para o que o quero”, finalizou Leonardo.

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Quem foi o autor irlandês Bram Stoker, ‘pai’ do Conde Drácula

Mortalmente pálido. Unhas cortadas em pontas afiadas. Dentes projetados como presas. Elegância de um conde com a ferocidade de um vampiro. Drácula, um dos monstros mais famosos da fantasia, tem sua origem na Irlanda, pelo menos literariamente falando. O personagem foi criado por Bram Stoker, nome que integra a longa lista de autores irlandeses de renome mundo afora.

Nascido em Dublin, no ano de 1847, Stoker ficou famoso por seu romance de terror gótico, escrito já depois de ter mudado para a Inglaterra, em 1897, e que o tornou imortal.

Stoker é lembrado em todo Halloween na Irlanda, com um festival tradicional que neste ano, é claro, será realizado online por conta da pandemia da Covid-19, mas continua sendo imperdível.

Bram Stoker: da Trinity College ao sucesso literário

Bram Stoker estudou matemática na Trinity College, uma das universidades mais aclamadas da Irlanda. Imagem: divulgação

Para aqueles que adoram colocar diferenças gritantes entre o povo de exatas e humanas, fiquem com essa: Stoker estudou matemática na Trinity College. Mas foi pelo seu trabalho como assistente do ator Sir Henry Irving, na década de 1870, que ele acabou se tornando mais próximo do mundo das artes.

O escritor também foi funcionário público no Dublin Castle, local onde vivia a realeza britânica na Irlanda na época. Mas, paralelamente, o trabalho de redator de um jornal, o Dublin Evening Mail, como autor de resenhas de produções teatrais, foi a porta de entrada para a literatura, onde ele também publicava seus contos.

O autor irlandês se mudou para Inglaterra quando recebeu o convite para ser produtor no Lyceum Theatre. Por lá, ele também continuou escrevendo, escrevendo e escrevendo.

Em 1875, ele publicou seu primeiro romance, The Primrose Path, além de mais contos e, pouco depois, mais um livro, The Snake’s Pass (1890).

Drácula, o ‘blockbuster’ de Bram Stoker

Romance de Bram Stoker foi lançado em 1897 e fez sucesso na época, mas a fama mesmo veio no século XX, com diversos filmes e peças teatrais. Foto: Reprodução

Lançado em 1897, Drácula foi, de cara, um sucesso de vendas e de crítica. O romance de terror gótico fez o mundo conhecer Conde Drácula e estabeleceu muitas convenções sobre vampiros em toda a literatura e audiovisual subsequentes.

O romance conta a história da viagem que Drácula, o conde da Transilvânia, para a Inglaterra. O vampiro buscava encontrar sangue novo e espalhar a maldição dos mortos-vivos no novo reino. Por lá, porém, ele encontra o professor Abraham Van Helsing, um caçador de vampiros e seu obstáculo para satisfazer seu desejo sanguinário.

A ideia do personagem não surgiu do acaso. Foram sete anos de pesquisa de Stoker sobre folclore europeu e histórias de vampiros presentes nas crenças europeias. O ensaio de Emily Gerard, de 1885, chamado “Superstições da Transilvânia” foi o que mais chamou a atenção, por conter o mito do vampiro.

Drácula também é inspirado por uma história real. O cruel governador romeno, Valáquia Vlad III Drácula, também conhecido como Vlad, o Empalador, seria uma espécie de monstro em pele humana. O seu castelo, inclusive, é um famoso ponto turístico da Romênia.

Leia também: Covid-19: como será o Halloween na Irlanda?

Sucesso de Drácula veio após a morte de Bram Stoker

Sucesso nos cinemas, Drácula, de Bram Stoker, foi inspiração para mais de mil filmes. Foto: Divulgação

Stoker morreu em Londres, em 20 de abril de 1912. Sua morte é incerta, com relatos sobre complicações de um derrame, exaustão ou sífilis. Apesar do sucesso do livro, ele não viu sua obra se tornar popular mundo afora.

Nosferatu, de 1922, e Drácula, de 1931, foram os primeiros filmes inspirados em seu romance e que deram o pontapé para o mito do vampiro se tornar parte do folclore mundial.

Outra famosa adaptação foi Drácula de Bram Stoker, dirigido por Francis Coppola em 1992, que levou o novo do mostro de volta à tona 80 anos depois da morte do escritor.

Outros muitos livros de autores inspirados em Stoker e filmes sobre os monstros semi-humanos com presas afiadas foram produzidos, mas nenhum chega perto da beleza imortal de Drácula, de Bram Stoker. O Guinness Book até registrou mais de mil produções que falam sobre o Conde Drácula, um recorde.

Halloween em Dublin celebra seu escritor de terror

Até hoje, os irlandeses celebram com orgulho a obra de seu renomado autor. Já tradicional em Dublin, o Festival Bram Stoker leva para os palcos e para as ruas da capital irlandesa todo o universo do escritor irlandês. Mas, em 2020, com a pandemia da Covid-19, ele vai acontecer online.

Entre sexta-feira, 30 de outubro, e segunda, 2 de novembro, o festival promete celebrar “alegremente o gótico, o misterioso, o pós-escuridão e o sobrenatural e nos aprofundaremos no legado de um dos autores mais estimados da Irlanda”, como diz o site do festival.

O evento se concentrará em experiências interativas nas ruas e “no conforto de seus próprios castelos”. Acesse o site do evento para entender melhor a proposta.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

5 dicas para evitar golpes na hora de alugar casa em Dublin

O mercado imobiliário irlandês tem vivido uma crise sem precedentes, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus. As ofertas de casas e apartamentos disponíveis para locação são escassas e os preços estão altíssimos. E se a busca por alugar casa é em Dublin, a situação fica ainda pior.

Além dos próprios irlandeses, os estudantes internacionais, que vêm ao país com o objetivo de aprimorar o inglês ou investir num curso superior, têm sentido na pele — e no bolso — os efeitos dessa crise.

Diante deste cenário, os estudantes se tornam mais vulneráveis a golpes aplicados por supostos agentes imobiliários ou falsos “landlords” (nome dado ao proprietário ou responsável por alugar um imóvel), principalmente na capital irlandesa. Portanto, se você está em busca de alugar casa em Dublin é bom ficar esperto.

Confira algumas dicas para escapar de situações suspeitas e evitar perder dinheiro.

1. Diga não ao pagamento adiantado

Crise imobiliária tem deixado pessoas suscetíveis a golpes na Irlanda. Foto: Chris Brignell | Dreamstime

Crise imobiliária tem deixado pessoas suscetíveis a golpes na busca por alugar uma casa em Dublin. Foto: Chris Brignell | Dreamstime

Mesmo diante da alta concorrência por uma vaga em casa ou apartamento, jamais caia na conversa de pagar o depósito antes mesmo de visitar a vaga em questão e conhecer pessoalmente a pessoa que está oferecendo-a.

Esse é um dos golpes mais comuns, quando o suposto “landlord” alega estar fora do país e exige o pagamento do depósito por meio de transferência bancária para alugar uma casa em Dublin.

No final, tudo não passa de uma grande mentira e você vai ficar sem a vaga — e, ainda por cima, falido.

Leia também: Guia completo sobre acomodação na Irlanda

2. Confira as chaves antes de alugar casa em Dublin

Também não caia na conversa de anúncios que pedem para levar na visita o valor do depósito e, em alguns casos, um mês de aluguel em troca das chaves.

Há muitos relatos de casos em que, quando o novo inquilino chega ao endereço, as chaves não são as reais e o “landlord” simplesmente desapareceu com o dinheiro.

Portanto, encontre o “landlord” na acomodação que você pretende alugar, tente conhecer as demais pessoas que vão morar lá com você e sempre cheque se as chaves funcionam perfeitamente antes de efetuar qualquer pagamento.

3. Contrato assinado

Contrato de locação vai garantir seus direitos. Foto: Alexskopje | Dreamstime

Contrato de locação vai garantir seus direitos na hora de alugar casa em Dublin. Foto: Alexskopje | Dreamstime

Uma maneira mais fácil de evitar golpes ao alugar uma casa em Dublin é se dirigir diretamente a agências especializadas em locação e já consolidadas no mercado. Também priorize vagas onde você vai obter um contrato assinado, o que trará mais segurança, além de ter todos os seus direitos e deveres formalizados no papel.

Leia também: Crise de acomodação na Irlanda piora e irlandeses vão às ruas

4. Pagamento

Também evite transações realizadas em dinheiro. Depois de visitar a propriedade e acertar os detalhes com o seu “landlord”, o ideal é que os pagamentos sejam realizados por meio de depósitos bancários e que todos os recibos sejam guardados.

Se a única opção for o pagamento em dinheiro, pague sempre o valor diretamente ao “landlord” e jamais a terceiros.

5. Denuncie fraudes no aluguel de casa em Dublin

Não hesite em denunciar supostos golpes. Foto: Rawpixelimages | Dreamstime

Não hesite em denunciar supostos golpes de aluguel de casa na Irlanda. Foto: Rawpixelimages | Dreamstime

Se durante a sua busca por acomodação você suspeitar de que algo estranho está acontecendo, denuncie! Informe o golpe para a Threshold (autoridade imobiliária irlandesa) e, no caso de anúncios suspeitos publicados no portal Daft, clique no botão “Denunciar anúncio”, localizado abaixo das fotografias de cada postagem.

E se você se sentir inseguro para tomar uma atitude, avise seu professor de inglês ou alguém da escola ou da agência, por exemplo. Eles podem te ajudar.

Como proprietários desonestos geralmente visam estudantes por estes serem mais vulneráveis, eles vão se sentir ameaçados se ouvirem um irlandês questionando sobre um suposto golpe.

Aliás, o drama dos estudantes foi abordado há um tempo atrás em uma reportagem do jornal The Irish Times. A matéria destacou o fato de que muitos se veem obrigados a dormir no sofá da casa de amigos ou, então, a desembolsar cerca de 40 euros por noite para dividir o quarto com mais 10 pessoas em hostels.

Estudantes também têm direitos?

Sim! Estudantes têm os mesmos direitos que qualquer outro inquilino. Também vale ficar atento ao fato de que existe uma série de regulamentos que visam estabelecer um padrão de qualidade mínimo para os inquilinos.

Isso envolve boas condições estruturais, banheiro, área para preparação de comida, lavanderia, iluminação, ventilação, eletricidade, segurança contra incêndio, entre outros itens.

Confira a lista completa aqui e boa sorte na sua busca por acomodação!

Imagens via Dreamstime
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Como é o trabalho de Uber na Irlanda?

Muitas pessoas que decidem fazer intercâmbio na ou buscam um trabalho na Irlanda se perguntam: “é possível ser Uber na Irlanda?”. É uma ótima maneira de ser seu próprio chefe, no entanto, para exercer essa profissão na ilha é necessário a comprovação de inúmeros documentos. Ou seja, é uma baita burocracia e que pode levar tempo até que você consiga de fato começar a circular pelas cidades irlandesas com passageiros.

Antes de qualquer coisa é preciso fazer um cadastro no site da Uber e passar por uma checagem de informações e de segurança. E mais: os usuários do aplicativo Uber na Irlanda só podem reservar motoristas de táxi totalmente licenciados.

Diferente do Brasil, é possível ser Uber na Irlanda se você também for taxista, o que envolve muitas outras barreiras.

Leia também: Trabalhar na Irlanda: regras, vistos e profissões para brasileiros

Como se registrar para ser Uber na Irlanda?

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É possível se cadastrar para ser Uber na Irlanda, mas prepare-se para a burocracia. Foto: Austin Distel/Unsplash

A única maneira de se registrar para ser Uber na Irlanda é acessando o aplicativo para se inscrever. Lá é possível ver todas as recomendações exigidas para começar a trabalhar pelo país.

Mas vamos compartilhas alguns pontos importantes aqui:

1. Inscreva-se online

Se você tem um smartphone e um endereço de e-mail, já é um bom começo! Afinal, sem isso é impossível se cadastrar na plataforma.

2. Documentação

Não vai assustar, hein? A papelada é gigantesca! Antes de começar a dirigir com o Uber, você terá que ser aprovado pelo conselho local.

Existem alguns documentos que são exigidos:

  • Carteira de motorista válida (irlandesa ou europeia)
  • Licença SPSV válida
  • Licença de táxi
  • Certificado de seguro cobrindo o uso de seu veículo como um SPSV
  •  Uma foto de perfil de motorista

Deve ser uma foto voltada para a frente, centralizada, incluindo o rosto completo e a parte superior dos ombros do motorista, sem óculos de sol

Além disso, deve ser uma foto apenas do motorista, sem outro assunto no enquadramento, bem iluminada e em foco. Não pode ser uma foto de carteira de motorista ou outra fotografia impressa.

3. Ter um veículo

Essa parte também é complicada, pois quase ninguém que embarca para a Irlanda fazer um intercâmbio coloca nos planos do intercâmbio “ter um carro”. Porém, para atuar como Uber é fundamental comprar um carro nos padrões exigidos pelo aplicativo.

4. Ativação da conta

Se você concluir todas as etapas acima, aí sim você poderá oficialmente se cadastrar!

Leia também: Como tirar carteira de motorista na Irlanda

Qual é o ganho como taxista ou Uber?

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Quem se arriscar a ser Uber na Irlanda vai competir com 16 mil taxistas que atuam só em Dublin. Foto: Humphrey Muleba/Unsplash

Dublin, a capital da Irlanda, possui mais de 500 mil habitantes e tem mais de 16 mil táxis em circulação. É muita coisa, né?

A grande quantidade de táxis é boa para o turismo e para os moradores, mas a competitividade nessa área também é alta, ainda mais com novos aplicativos chegando no país e ganhando clientela com preços mais acessíveis.

Como curiosidade: os táxis em Dublin são identificados apenas pelo letreiro no teto do veículo, já que não possuem nenhuma outra marca distintiva. Agora, dá só uma olhada em uma média de preços que os taxistas costumam cobrar para percorrer a cidade.

Lembrando que, os novos aplicativos acabam reduzindo esses valores para se tornarem mais atrativos.

Tarifas dos táxis em Dublin

  • De segunda a sábado, das 8:00 às 20:00 horas
    Bandeirada: €3,60 (R$24) (inclui os primeiros 500 metros).
    Preço por quilômetro: €1,10 (R$7,40) (até 15 quilômetros) ou €1,45 (R$9,70) (mais de 15 quilômetros).
    Preço por minuto de espera: €0,36 (R$2,40)
    A partir dos 15 quilômetros ou dos 40 minutos de trajeto, os preços aumentam 30%.
  • Madrugada, domingos e feriados
    Bandeirada: €4 (R$26,70) (inclui os primeiros 500 metros).
    Preço por quilômetro: €1,40 (R$9,40) (até 15 quilômetros) ou €1,75 (R$11,70) (mais de 15 quilômetros).
    Preço por minuto de espera: €0,48 (R$3,20)
    A partir dos 15 quilômetros ou dos 40 minutos de trajeto, as tarifas sobem 30%.

Para simplificar, diremos que o preço de um táxi do aeroporto até o centro varia entre €30 (R$200,50) e €40 (R$267,30). Um trajeto padrão pelo centro de Dublin custa entre €7 (R$46,70) e €10 (R$66,80).

Leia também: Quanto custa manter um carro na Irlanda?

Como é o trabalho de taxista ou Uber na Irlanda?

Uma coisa importante antes de decidir atuar como Uber na Irlanda é saber quanto que a empresa Uber vai cobrar de você. A única categoria possível é o Uber Black, que cobra 20% do total da corrida. A outra categoria é um táxi comum, que cobra 25% do total da corrida.

Na categoria Black o cliente tem mais conforto. Os carros precisam ser sedans pretos ou SUV fabricados a partir de 2010, os bancos precisam ser de couro e o carro precisa ter ar condicionado.

Enquanto na categoria de táxi comum os carros podem ser a partir de 2008, com quatro portas, ar condicionado e cinco lugares.

Outro ponto muito importante que você precisa saber é que os motoristas Uber são frequentemente avaliados. Os usuários podem dar as suas classificações sobre o motorista. Periodicamente o Uber faz uma avaliação dessas notas.

Quais empresas de táxi estão disponíveis na Irlanda?

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Para ser Uber na Irlanda, o usuário deve, obrigatoriamente, ser taxista. Foto: Lexi Ruskell/Unsplash

Além do Uber, existem outros aplicativos de transporte na Irlanda! Conheça alguns deles:

  • Free Now
    Esse aplicativo é o antigo “MyTaxi”, bem famosinho nas cidades irlandesas, e funciona de maneira semelhante ao Uber. Você só precisa digitar onde você quer ir e motorista vai te pegar. O aplicativo vai te informar quanto tempo você vai precisar esperar e você pode ver o caminho do seu taxista no mapa. Fácil, né?
  • Hailo
    Se em algum momento você estiver na Irlanda, principalmente na capital do país, Dublin, e precisar de um aplicativo de transporte, saiba que o Hailo está disponível para Android e clientes iOS. Pela plataforma, é possível encontrar o táxi mais próximo e fazer o pagamento via cartão previamente cadastrado.
  • Bolt
    A empresa da Estônia está traçando planos para lançar seus serviços de aplicativos de táxi em Dublin. Bolt, anteriormente conhecido como Taxify, tem se expandido agressivamente pela Europa e se tornou uma dor de cabeça notável para o Uber, sendo lançado no principal mercado de Londres no ano passado. Semelhante ao Uber, Bolt se aventurou além das operações de carona e táxi com serviços como entrega de comida e aluguel de e-scooter.

Dificuldades de trabalhar como taxista ou Uber

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O trabalho de Uber na Irlanda depende de muitas regras estritas. Foto: why kei/Unsplash

Outra coisa importante e que deve ser levada em conta antes da decisão final de ser Uber na Irlanda é que Dublin, a capital Irlanda, é uma cidade agitada e cosmopolita, ou seja, o fluxo de passageiros é intenso e, às vezes, pode ocorrer de uma pessoa entrar no carro alcoolizada ou até mesmo não ter cuidado com o veículo. Além disso, quando se é taxista na Irlanda, é necessário pagar taxas ao governo.

Vantagens de ser Uber na Irlanda:

  • ter flexibilidade de horário
  • lucro de acordo com o tempo trabalhado
  • fazer renda extra

Desvantagens de ser Uber na Irlanda:

  • necessário investir em um veículo
  • fazer manutenção com frequência
  • não ter salário fixo
  • não ter benefícios
  • concorrência alta

Além de toda a burocracia, ainda entra a questão de saber exatamente quais são os lugares mais estratégicos da cidade, aqueles com maior procura pelo serviço de Uber, para não perder tempo e fazer uma corrida seguida da outra.

É burocrático e complicado ser Uber na Irlanda! Mas, somente você poderá decidir se essa profissão vai valer a pena, afinal, tudo depende dos seus objetivos e propósitos ao se mudar para o país.

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Supermercados são proibidos de vender itens não-essenciais na Irlanda

O Nível 5 do lockdown na Irlanda deixa claro que apenas o essencial deve ser comercializado. Entre os estabelecimentos que podem abrir estão os supermercados. Mas se você pensou que poderia passear pelas grandes redes, comprando roupas, brinquedos, acessórios e outros itens nada essenciais, está enganado.

O governo irlandês ressaltou que os grandes varejistas não podem vender esses itens, tais como Tesco, Lidl, Dunnes e Aldi que, além de comida e bebida, estão acostumados a ter disponíveis para compra vários tipos de outros produtos de cama, mesa, banho, vestuário e infantil.

Durante o Nível 5 do lockdown na Irlanda, supermercados não podem vender produtos não-essenciais. Foto: June Gathercole/Unsplash

De acordo com matéria publicada pelo jornal Irish Times, o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios, Leo Varadkar, disse que os grandes supermercados estavam tendo práticas ilegais e afirmou que a Garda faria cumprir os regulamentos que proíbem a venda de itens não-essenciais.

Tesco e Dunnes, segundo o jornal, decidiram bloquear o acesso aos produtos, mas Lidl e Aldi resistiram por quase uma semana para fechar a área de venda destes produtos.

Leia também: O que é definido como essencial no Nível 5 do lockdown na Irlanda?

Foto de capa: Artem Beliaikin/Unsplash

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Covid-19: Irlanda do Norte registra 6 mil novos casos em uma semana

A Irlanda do Norte vem enfrentando um surto de novos casos da Covid-19. Em uma semana, foram 6.255 novos contágios, deixando o país com um total de 36.394.

Nas últimas 24 horas, foram registrados 840 novos casos e nove mortes. No mesmo período, a República da Irlanda contou com seis mortes e 675 infecções, totalizando 1.896 vítimas fatais e 59.434 contágios desde o início da pandemia.

Número de casos do novo coronavírus tem crescido na Irlanda do Norte, ultrapassando a República da Irlanda. Foto: Unsplash

Vale lembrar que a população da Irlanda do Norte não chega a 1,9 milhão de habitantes e a República da Irlanda soma cerca de 5 milhões.

Na quarta-feira, havia 352 pacientes da Covid recebendo tratamento em hospitais da Irlanda do Norte, com 44 em UTIs.

Os números mais recentes mostram que há 41 pacientes na UTI da República da Irlanda e 327 internados em leitos comuns.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Como começar a investir seu dinheiro – E-Dublincast (Ep. 91)

Participantes: Edu Giansante, Mah Marra, Tarcisio Junior e Gabriel Bincoletto.

Batemos um papo com o Gabriel Bincoletto, que trabalha há 12 anos no mercado financeiro no Brasil, sobre como começar a investir, seja pensando em um projeto de intercâmbio ou no seu futuro.

Quem quiser conversar com o Gabriel, pode encontrar ele no Instagram em @gbincoletto

Você também pode ouvir o podcast do E-Dublin em:
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Participantes no Instagram:
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Se tiver comentários ou feedback, envie um áudio para o WhatsApp do E-Dublin, junto com a mensagem ‘Episodio 91’, no número +353 89 946-0731 clicando aqui!

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Conheça os 10 melhores hostels na Irlanda

Quem nunca pensou em fazer um mochilão pela Europa e dar uma passadinha na Ilha Esmeralda? Pois fique sabendo que se hospedar em um hostel na Irlanda não é nenhuma furada, muito pelo contrário.

Muitas vezes, esses locais são muito mais divertidos para se hospedar, por dar a oportunidade dos viajantes de conhecer gente do mundo todo.

Assim, explorar a terra dos leprechauns em um bom e animado hostel pode ser o ideal para sua viagem.

Para e programar, que tal conhecer os 10 melhores hostels entre os principais condados da Irlanda? para O E-Dublin fez essa seleção, que começa em 3, 2, 1…

1. Generator Hostel, Dublin

Localizado ao lado da Jameson Destilaria, o hostel é um dos mais badalados de Dublin. Crédito: generatorhostels.com

Localizado ao lado da Jameson Destilaria, o Generator é um dos mais badalados hostels da Irlanda e de Dublin. Crédito: generatorhostels

Localizado na praça de Smithfield, em Dublin, o Generator está entre um dos hostels mais conhecidos da Irlanda e da capital irlandesa. Próximo à área central da cidade, também está situado ao lado da famosa Jameson Distillery.

Com estrutura moderna, que utiliza materiais reciclados, como livros para a base das mesas, o ambiente descontraído deixa a acomodação ainda mais atraente. Mesa de sinuca, computadores e um bar dentro do hostel são mais alguns atrativos.

Entre os benefícios oferecidos estão wi-fi, lavanderia, armário para bagagens, sala de convívio e também eventos promovidos pela casa.

O hostel oferece os seguintes tipos de dormitórios: privativo (solteiro ou casal), privativo com 3 ou 4 camas, quartos compartilhados com 8, 6 ou 5 camas ou dormitórios femininos com 10 ou 6 camas.

Leia também: 5 dicas de como viajar barato

2. Barnacles Temple Bar House, Dublin

Localizado no Temple Bar o Barnacles Hostel ganha pontos na localização estratégica. Crédito: barnacles.ie

Localizado no Temple Bar, em Dublin, na Irlanda, o Barnacles Hostel ganha pontos na localização estratégica. Crédito: barnacles

Situado exatamente no principal point da cidade, o Temple Bar, este hostel é a opção ideal para quem procura os pubs mais badalados de Dublin. Com três andares, o Barnacles oferece wi-fi gratuito, breakfast incluído no valor da acomodação e descontos em tours. Outra unidade do Barnacles pode ser encontrada também em Galway.

3. Rowan Tree Hostel, Ennis, Co. Clare

Hostel em Ennis oferece boa localização e muita cultura irlandesa. Crédito: rowantreehostel.ie

Hostel em Ennis oferece boa localização e muita cultura irlandesa. Crédito: rowantreehostel

A cidade de Ennis, em Co. Clare, está a aproximadamente 2h30 de distância de Dublin. Premiado pelo Hostel Awards várias vezes, como melhor hostel da Irlanda, o Rowan Tree Hostel é uma ótima opção para quem quer viver a cultura Irish em uma cidade um pouco mais afastada da capital.

A cidade está localizada próxima ao aeroporto de Shannon e, para quem pretende explorar um pouco mais as ruas, deixamos o aviso de que não precisa ter preocupação com relação à utilização do transporte público, já que, pelo fato de a cidade ser pequena, é possível fazer tudo a pé.

Um dos destaques do hostel é a estrutura, de um edifício georgiano que passou apenas por restaurações. O Rowan Hostel oferece quartos individuais, duplos, quartos compartilhados mistos ou apenas femininos.

Leia também: 5 dicas para não cair em furadas em um hostel

4. Kinlay House Eyre Square Hostel, Galway

Localizado no Centro de Galway, o Kinlay Hostel já foi indicado como um dos melhores da Irlanda. Crédito: kinlaygalway.ie

Localizado no Centro de Galway, o Kinlay Hostel já foi indicado como um dos melhores da Irlanda. Crédito: kinlaygalway

A apenas um minuto do centro de Galway e da estação de trem, o Kinlay House Square Hostel foi premiado pelo Hostel Awards como o melhor hostel da Irlanda em 2014. Ele também já foi indicado como a melhor escolha em Galway pelo guia Lonely Planet.

O Kinlay oferece tour para o Cliffs of Moher todas as manhãs e o breakfast está incluído no valor pago pela acomodação, que poderá ser desde quartos privativo ou duplos até quartos que variam de 3 a 10 camas.

5. The Connemara Hostel (Sleepzone), Connemara

Ótima opção para quem quer visitar o Parque Nacional de Connemara. Crédito: hostelworld.com

Ótima opção para quem quer visitar o Parque Nacional de Connemara. Crédito: hostelworld

O The Connemara Hostel, situado em um dos destinos ideais para quem está procurando se aproximar da natureza, faz parte da rede Sleepzone, com unidades também em Galway e O’Burren.

O hostel tem localização privilegiada se você é daqueles que adoram praticar atividades ao ar livre, como bungee jumping, escalada, caminhadas por trilhas e canoagem. Além disso, é válido mencionar a proximidade com o Parque Nacional de Connemara, que possui paisagens de tirar o fôlego de qualquer viajante.

Entre as opções de acomodação estão quarto individual privativo, duplo ou quartos com 3, 4, 6 ou 10 camas.

Leia também: 10 hostels em Dublin que você deve considerar

6. Kilronan Hostel, Aran Islands

Hostel na Aran Island da acesso a boa música e acesso ao idioma Gaélico. Crédito: aerannislands.ie

Hostel na Aran Island dá acesso a boa música e acesso ao idioma Gaélico. Crédito: aerannislands

Para quem ainda não conhece, Aran Islands é um conjunto de três pequenas ilhas localizadas na baía de Galway, e é nessa partezinha da Irlanda que fica o Kilronan Hostel, uma das poucas opções de acomodação no local. Ele está na maior das três ilhas, Inishmore.

A dois minutos do píer, o hostel oferece wi-fi gratuito e dispõe de quartos com 4, 5 e 6 camas. Os quartos duplos ficam em um apartamento ao lado do albergue.

As Ilhas Aran são parte importante da cultura celta e do gaélico irlandês, língua falada pelos irlandeses, além do inglês. Nas três ilhas é possível encontrar monumentos históricos, fortalezas antigas e igrejas.

Assim, o hostel torna-se uma ótima opção para quem pretende conhecer melhor cada pedacinho deste fascinante destino.

7. Oscar Hostel, Cork

Cork também oferece boas opções de hostels. Crédito: primaevents.com

Cork também oferece boas opções de hostels. Crédito: primaevents

Cork é a segunda maior cidade da Irlanda e a terceira mais populosa da Ilha, depois de Dublin e Belfast.

O Oscar Hostel está localizado a cinco minutos a pé da estação rodoviária de Cork e fica em frente à estação ferroviária. As opções de quarto variam entre duplo ou triplo privativo e dormitórios com 6 camas, masculinos e femininos.

Com duas salas de TV e duas salas comuns com uma mesa de bilhar, o hostel possui wi-fi gratuito. Um dos principais atrativos é a moderna estrutura. Todavia, o café da manhã não está incluído no pacote da acomodação.

8. Kilkenny Tourist Hostel, Co. Kilkenny

Reprodução: kilkennyhostel.wordpress.com

Crédito: kilkennyhostel

Este é um dos estabelecimentos mais antigos de Kilkenny e possui boa localização, pois é próximo aos principais bares, restaurantes e pontos turísticos, como o castelo de Kilkenny. O hostel funciona num edifício georgiano do século XVIII que teve algumas características originais mantidas.

As opções de acomodação variam entre quartos com 4, 6 e 8 camas e quarto duplo privativo.

9. Beach Haven House, Waterford

O Beach Haven Hostel fica a 10min da praia. Crédito: hostelz.com

O Beach Haven Hostel fica a 10 min da praia. Crédito: hostelz

Para quem gosta de praia, Waterford pode ser uma boa opção entre os condados litorâneos mais afastados de Dublin. O Beach Haven Hostel está a 10 minutos a pé da praia e oferece quarto quádruplo, duplo ou dormitórios com 6 e 8 camas.

Nas proximidades do hostel é possível passear a cavalo, praticar ciclismo, pescar e fazer caminhadas.

10. Valley Lodge Farm Hostel, Co. Mayo

Reprodução: valleylodgeaccommodation.com

Crédito: valleylodgeaccommodation

Localizado em uma verdadeira fazenda, no Condado de Mayo, o Valley Lodge Farm Hostel é indicado para quem procura algum local próximo a Claremorris ou Knock.

Além de oferecer passeios guiados, o hostel oferece uma infraestrutura que conta com uma sala de estar, uma cozinha e disponibiliza wi-fi gratuito para os visitantes. A pousada simples e aconchegante oferece tanto quartos privativos quanto camas em dormitórios.

A família Barret, responsável pelo estabelecimento, recebe visitantes desde 1989. No local também é possível estar em contato com animais típicos de fazenda, como gados, cabras, porcos e aves.

Informação útil

Os preços das diárias de cada hostel podem variar muito e dependerão de condições como época do ano, número de camas no quarto, número de dias e café da manhã.

O ideal é pesquisar em mais de um site para comparar os preços e informações e escolher a melhor opção.

Sempre é bom lembrar que, quanto antes for feita a reserva, maiores serão as chances de obter o melhor custo-benefício.

Encontrou algum erro ou quer nos comunicar uma informação?
Envie uma mensagem para jornalismo@e-dublin.com.br

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Símbolos cristãos serão banidos de escolas na Irlanda

A Irlanda é conhecida por ser historicamente muito cristã, com a fé das igrejas católica e protestante sendo bem forte em todo o país até pelo menos o início do século 21. É possível ver os símbolos da crença em centenas de igrejas espalhadas pela ilha.

Mas agora, esses símbolos serão banidos de um outro local sagrado na vida de qualquer pessoa, a escola. E quando se fala em símbolos cristãos, inclui celebrações, como missas obrigatórias, e visitas de autoridades religiosas.

Mais de 200 instituições de ensino que fazem parte do State’s Education and Training Boards (ETBs) — Conselhos de Educação e Treinamento do Estado — terão de fazer valer o que são, “multi-denominational”, ou seja, multidenominacionais, locais seguros para pessoas de “múltiplas crenças”.

Símbolos cristãos não poderão mais ser exibidos em cerca de 200 escolas na Irlanda. Foto: James L.W/Unsplash

Segundo consta em reportagem do jornal Irish Times, o currículo estadual determina que as escolas “não ofereçam instrução religiosa ou formação na fé para uma religião em particular durante o dia escolar”.

Ao invés disso, elas devem oferecer “educação religiosa na qual os alunos aprendem sobre uma variedade de religiões e crenças diferentes”, algo que muitas escolas católicas não estavam fazendo, focando o ensino na única crença que acreditam ser relevante.

Leia também: 5 referendos importantes para a história da Irlanda

O ETB deverá montar um guia para orientar como as escolas devem se comportar a respeito do ensinamento das religiões e a não promoção de nenhuma específica.

A exibição de símbolos religiosos, se acontecer, deverá ser ampla e conter representações de toda a comunidade escolar.

Leia também: Acordo da Sexta-feira Santa celebra 22 anos

Foto de capa: Dejan Livančić/Unsplash

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Brasileiro que vive na Irlanda cria projeto para auxiliar crianças na África

Um projeto social criado para alimentar não só o corpo, mas a esperança de centena de crianças. Assim funciona o You in Africa, desenvolvido pelo tecnólogo em redes de computação Lucas Tilhaqui, um brasileiro que vive na Irlanda, mas que tem o continente africano no coração e na prática do voluntariado.

Lucas chegou em Dublin em 2018 para fazer intercâmbio, mas depois de um tempo de reflexão decidiu partir para o Quênia com o intuito de participar de um programa que ensina futebol e inglês para crianças.

A experiência, no entanto, foi ainda mais arrebatadora e Lucas acabou por desenvolver seu próprio projeto, dessa vez para dar comida e não só educação e diversão aos que vivem nas comunidades atendidas.

De volta a Dublin, Lucas agora busca fundos para manter o programa que criou em terras quenianas, além de levar às pessoas a consciência de que ajudar ao próximo é essencial.

Do intercâmbio na Irlanda ao voluntariado na África

Lucas Tilhaqui decidiu fazer voluntariado na África após refletir sobre sua própria vida na Irlanda. Foto: Acervo pessoal

Como todo intercambista na Irlanda, Lucas era aquele rapaz que tinha vontade de aprender inglês e que, durante oito meses, estaria totalmente focado nos estudos e na busca por emprego, visto de trabalho e afins. Mas tais planos não foram do jeito que ele esperava e a vida boêmia acabou falando mais alto.

“No final dos oito meses, eu estava muito decepcionado comigo e com as minhas escolhas. Meu visto terminava em novembro e no final de outubro eu literalmente não sabia o que fazer”, relembra, dizendo ter entrado em uma crise existencial sem precedentes.

Entre mudar para o interior da Irlanda para focar mais nos estudos ou fazer um mochilão pela Europa, Lucas acabou tendo um “insight” e, como ele mesmo diz, tomou uma “decisão que impactaria o resto da minha vida”.

“A palavra África veio na minha cabeça e resolvi ir. Comprei minhas passagens dia 25 de outubro para embarcar dia 11 de novembro”

Leia também: O trabalho voluntário pode transformar seu intercâmbio na Irlanda

Rumo ao Quênia: ‘um tiro no escuro’

Lucas participou de um programa de voluntariado no Quênia, na África, que ensina crianças a jogar futebol. Foto: Acervo pessoal

A viagem à África, segundo narra Lucas, foi um “tiro no escuro”. “Não conhecia ninguém no Quênia. Não tinha um amigo. Fui na cara e na coragem para um lugar desconhecido”, relembra.

Em mãos, apenas um contato com o responsável por um projeto que Lucas conheceu pela internet, na cidade de Thika, a 40 km de Nairóbi, capital do país, e com cerca de 280 mil habitantes.

Lá, Lucas começou a participar do projeto de William, que é voluntário no local desde 2014. Ele o conheceu por meio do aplicativo WorldPackers, que auxilia pessoas de todo o mundo a encontrar programas de voluntariado.

William, como explica Lucas, tem um time de futebol na comunidade e usa a maior parte do seu tempo em prol da educação e recreação para crianças dos subúrbios e sem receber nenhum incentivo financeiro. “O sonho de cada uma daquelas crianças é virar jogador de futebol, fazer dinheiro e ajudar a família.”

Voluntariado na África: diversão de barriga vazia

Lucas serve almoço a crianças no Quênia, África

A participação como voluntário na África fez com que Lucas criasse seu próprio projeto no Quênia. Foto: Acervo pessoal

Durante o tempo que ficou no Quênia, entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019, Lucas percebeu que apenas entretenimento e diversão não eram suficientes para ajudar aquele povo. Eles precisavam de algo que era ainda mais fundamental: alimentação.

“As crianças literalmente passavam fome e não bebiam nem sequer água”, explicou o brasileiro. Foi com o intuito de ajudar o projeto de William e as crianças que ele auxilia que Lucas então criou o You in Africa.

“Minha função na África foi levar esperança para as crianças. Dar comida a elas diariamente foi o grande feito realizado e isso só foi possível realizar graças às doações dos meus amigos, principalmente os de Dublin. Cerca de 90% das doações vêm da Irlanda”, disse.

Lucas também já levou brasileiros para fazer voluntariado na África, especificamente no Quênia, onde acontece o projeto.

Leia também: Trabalhe como voluntário na Irlanda

Projeto alimenta hoje cerca de 500 crianças, diariamente

Lucas faz selfie com crianças no Quênia, África

De volta a Dublin, Lucas segue com seu programa de voluntariado na África, servindo alimentação para 500 crianças. Foto: Acervo pessoal

Lucas foi expandindo seu projeto You in Africa, que hoje atende cerca de 500 crianças, diariamente. Com o crescimento das doações, mais três comunidades são atendidas, além de Thika: Ruiru, Makuyu e Cheputulu.

“Nós começamos alimentando 40 crianças em novembro de 2018 e no começo de setembro de 2020 batemos a meta de 500 crianças”

O custo semanal para alimentar as crianças destas comunidades é em torno de 850 euros por semana. “Com esse valor, a gente consegue servir cerca de 3.500 refeições. Cem por cento do valor é custeado através de doações, de pessoas que querem mudar o mundo com a gente”, diz Lucas.

Em setembro, o You in Africa recebeu 112 doações (18 do Brasil e 94 da Irlanda) com valor total de €4,459.89. Foram 11 mil refeições servidas (1 tonelada de arroz, 1,6 tonelada de milho, 8 mil bananas), além de construção de uma cozinha com utensílios para a comunidade de Cheptulu, entre outros.

Para doar, basta usar o Pic and Pay do projeto.

Projeto arrecada fundos para cirurgia de criança queniana

 

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No dia 06/10, a Fidelis foi ao hospital Kijabe com os pais para fazer a segunda consulta com o Doutor Justin. Depois de examiná-la, o doutor chegou à conclusão que o melhor procedimento a ser adotado será dividir a cirurgia em 2 etapas. O espaço entre o olho direito e sua orelha é demasiadamente pequeno, por isso, será preciso colocar um mini balão nela para inflar a área e na hora da grande cirurgia ter espaço suficiente para trabalhar. Uma vez a cada quinze dias ela voltará ao hospital para a manutenção do balão. A primeira etapa está previamente marcada para a terceira semana de novembro e a segunda cirurgia acontecerá no fim de janeiro. Serão quase 15h para trazer o olho direito para a parte da frente do rosto, retirar o excesso do crânio, cobrir a fenda facial e consertar a via nasal. O Doutor Justin disse que a cirurgia é bem complexa, mas não é de altíssimo risco. Ela possui chances de perder o olfato ou ficar cega de um olho, mas o risco de morte é baixo. Cerca de 4 familiares irão ao hospital para doar sangue caso ela necessite, pois, será uma cirurgia longa e difícil. Serão 3 diferentes médicos, anestesista e enfermeiras. A boa notícia é que até agora recebemos €1,614.13 em doações. Esse valor será de uma importância enorme na recuperação da Fidelis, na compra de remédios, comida e transporte para o hospital. Nós estamos em contato com o seguro saúde para sabermos se a cirurgia dela será paga pelos órgãos governamentais ou não. Estamos aguardando a confirmação, e assim que recebermos, iremos publicar aqui para vocês. Compartilhe, divulgue e ajude o projeto! Seja a transformação não só na vida da Fidelis, mas de tantas outras crianças que precisam da sua ajuda! Faça parte dessa causa! #youinafrica #quenia #kenya #projetosocial

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Paralelamente às doações para alimentação das crianças, Lucas e o projeto You in Africa estão arrecadando fundos para a cirurgia de Fidelis, uma garota de sete anos de idade que sofre de hidrocefalia, uma doença rara que é causada pela falta de nutrientes e vitaminas durante a gestação do bebê.

“Hoje a Fidelis tem sete anos, mora com a mãe no Quênia e muitas vezes passava dias sem comer por falta de recursos. Com o You in Africa, ela está se alimentando todos os dias e sua mãe, que estava desempregada há anos, está trabalhando como cozinheira no projeto”, diz Lucas.

Uma vaquinha online está arrecadando fundos para que a cirurgia possa ser feita até o final de janeiro de 2021.

Como ser voluntário na África?

Assim como Lucas, muitos brasileiros podem estar agora passando por uma crise existencial ou pensando em como ajudar um projeto como o You in Africa.

É claro que o principal são as doações, mas a experiência do voluntariado pode ser uma troca incrível, tanto por quem vai trabalhar para uma comunidade como para aqueles que recebe a ajuda.

Lucas explica que é possível ser voluntário na África em apenas seis passos: 

  1. Escolha a data de embarque
  2. Compre a passagem aérea para Nairóbi
  3. Comunique a equipe sobre a data de chegada (voluntário será buscado no aeroporto de Nairóbi)
  4. A diária para permanecer hospedado no projeto é de 10 dólares, com direito a três refeições por dia
  5. O projeto dará as indicações de como você poderá ajudar durante sua estadia no local
  6. Na volta para casa, o voluntário também recebe o transporte para o aeroporto

Mais informações estão disponíveis no Instagram do You in Africa.

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